20 de abr. de 2014

Não sei o que você está fazendo agora e nem o que tem feito nos últimos meses, faz tempo que não nos falamos, faz tempo que não nos encontramos.
Eu queria tanto tentar de novo, tentar de um jeito diferente, tentar pela primeira vez algo maduro e concreto, queria ir até você, abraçar-te e falar no seu ouvido bem baixinho que só quero ser sua, mas é só por hoje, amanhã vou acordar sacodir a poeira, lavar o rosto e seguir com a vida como tenho feito todos esses dias, vou continuar sobrevivendo com o sorriso na face e a dor no bolso, fingindo que já não sinto mais saudades e que não lembro mais das suas promessas.
Tenho vivido um dia após o outro cruzando os dedos para esbarrar com você na rua  para que assim o destino nos obrigue a encarar o que a gente tanto joga para o passado, talvez seja disso que precisamos para acertar os pontos, um tempo a sós para recolhermos as palavras jogadas ao vento e vomitarmos o que prendemos na alma, quem sabe na marra a gente não pega no tranco?
Quem sabe uma força sobrenatural não inventa de nos prender no elevador na tarde de uma sexta-feita chuvosa para dar-nos a chance de colocar um fim nessa história cheia de entrelinhas e coisas mal contadas, quem sabe não seja a hora certa de dos despedirmos com dois beijinhos na bochecha como velhos amigos e eu consiga dessa forma me desprender de você. Pode ser que seja esse o momento de irmos embora, cada um por seu caminho, nem sempre claro, nem sempre belo, mas menos confuso do que o que trilhamos juntos e menos sombrio do que o que você me deixou sozinha.
Não sei o que prefiro,  se peço por outra chance ou se torço para um final definitivo, talvez você nem se lembre mais de todas as coisas que dissemos um ao outro, talvez seu caminho já estava distante do meu há tempo e só eu não percebi, só que hoje eu só queria saber o que você está fazendo agora, o que tem feito nos últimos meses e principalmente como anda seu coração.