10 de set. de 2011


Respirar torna-se difícil. O peito dói, o ar pesa. 
Nem chorar consegue. Apenas algumas lágrimas fogem, sorrateiras, dos seus olhos. 
Gritos internos esperam a chance de libertarem-se.
O sol, por mais forte que esteja não penetra em sua pele, criara uma proteção fria em volta de si. Calor e frio não encontram-se. Palavras já não lhe dizem coisa alguma e ações, a deixam assustada. Sensação de que não haverá tempo. Se vê obrigada a sair depressa do próprio labirinto em que se metera. O tempo corre. E ela não se encontra. O desespero vem. O coração aperta. 
Os pés doem, não consegue dar um passo à frente. Tenta voltar.
Tanta coisa acumulada, tantos sonhos interrompidos. 
Logo percebe que não há espaço para voltar. Desiste. 
Sente que é para frente mesmo que se deve andar, por mais que os pés doam, seu coração não chore e seu peito a sufoque e ainda exausto deve ter a capacidade de dar um último suspiro, seja ele de êxtase ou de dor.

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