23 de set. de 2011


TUM, TUM, TUM. TUM, TUM, TUM.
O coração bate, o coração grita, o coração rasga, o coração explode, o coração sangra. E ninguém vê. E ninguém escuta. 
Só se vê o silêncio e só se escuta o sorriso ameno, um riso que não chega a alcançar os olhos, como que congelado no tempo.
Atravessei agosto rasgando-me e remendando-me sem comprimidos, sem sonhos, sem amor. 
Setembro me trouxe novos versos, envolvidos em olhares e sorrisos. Novos sorrisos.
  Em dias a fio, eu sonhei. Eu gritei e implorei.
"Felicidade, permaneça!"
Ela está a fingir que não me escuta. Mas ela está aqui, na alma dele que me abraça com tanta esperança.
Hoje, contudo, setembro me escorre entre os dedos. A dor. O inesperado.
O que vem depois de setembro, meu Deus?  Entre tantas palavras confusas, resta-me apenas uma certeza: antes que outubro termine, quero de novo cantar. Quero a nuvem azul que se rasgou ontem em minha janela      -antes que outubro termine, vou costurá-la ao sol quente de novembro.

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