11 de jun. de 2011

dei as costas. pisei firme, o salto ecoou sob a calçada, o vento batendo nos cabelos. 
só dei as costas. enfrentei a noite, sozinha, eu sei. 
simplesmente dei as costas.
não me peça pra ficar, não me peça pra amar amar e amar, meus ombros já caem sob o peso dessas noites com gosto de amarga solidão.
devolveste minha impulsividade, só não me agrade enquanto ainda não me conhece, só ouça e finja que me obedece, por favor.
dei as costas. sai, fugi, corri pro caminho que sempre me espera no fim de tudo, tropecei, pisei em falso... 
mas continuo, só segura desta minha vontade louca de fazer tudo dar certo desta vez. 
e tudo vai dar certo: dei as costas à essa esperança idiota de sempre acreditar no melhor das pessoas, dei as costas e vesti minha máscara.


e não me peça pra te olhar mais docilmente.
te dei as costas e agora não tem volta.

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