Sentada na areia quente da praia, ela via as horas se arrastarem lentamente.
Escorregarem tediosamente naquele monótono dia de domingo.
mais a frente crianças brincavam e suas gargalhadas eram como sedativos para sua dor, bem lá dentro.
De relance olhou para uma mesa ali perto.
Um casal conversava tranquilamente. Eles sorriam vez ou outra. Era nítido o amor que, pequenino ainda nascia entre eles. Mesmo assim já era notável. Estava nos olhares.
Desviou sua atenção para o mar, o barulho das ondas quebrando nas pedras a fascinavam.
E ali pertinho, o oposto. Um casal de velhinhos abraçados, parecia comemorar longos anos de pura felicidade. Um amor maduro, contente.
Não pôde deixar de pensar, se o amor do primeiro casal cresceria de tal forma.
Para ela, chegava a ser constrangedor pensar no amor. Pra não dizer doloroso.
Mas ali, diante dos últimos fragmentos alaranjados do por do sol, deixava suas lembranças no fundo do mar.