22 de jun. de 2012


Intimidade, inclusive, não depende de tempo. Você pode ser casado há 10 anos e não ser íntimo do outro. 
Agora, quando a intimidade existe, ela não deixa dúvidas. Impossível mascará-la. Ela chega assim, sem pedir permissão e te faz abrir a vida para aquele estranho que conheceu há menos de duas horas – ele então, passa a saber de coisas que nem aquele colega de anos imagina. Ela faz os lábios se fundirem em um só e faz com que eles dancem em movimentos sincronizados, como o time que treinou há meses. Ela guia as mãos como se possuíssem GPS para a felicidade, solta as palavras como se não existissem tabus, libera o sorriso sincero que dispensa ensaios, torna a companhia mais importante que o programa e vangloria a conversa independente do conteúdo.
Na vida, precisamos mesmo de semelhantes, de cúmplices, de íntimos. 
Aqueles que te permitem jogar as máscaras, que gostam de você mesmo quando se é autêntica no limite.
 Aqueles que te fazem entender o real significado se ser escutada, que te explicam na prática que um olhar vale mais que mil palavras e que te lembram qual o verdadeiro sentido da palavra aconchego.
Penetrar no seu ser, é exclusividade de poucos.

Sorte daqueles que encontram os seus íntimos nas tantas ruas da vida.

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