27 de out. de 2012

Sempre fui muito insegura.
Nunca me achei boa o bastante para muitas coisas, e algumas pessoas.
 Me acostumei a fingir que era forte frente aos outros enquanto chorava no quarto mais tarde.
Hoje vejo, em um ano tanta coisa mudou.
Preciso confessar que devo muito a você. Que já via além de mim. Desde quando me conheceu, acreditava mais em mim do que eu mesma, sem ser obrigado, sem precisar e mesmo assim sempre me deixando saber e tentando me incentivar.
Nunca fomos íntimos, mas nossos caminhos sempre se cruzaram de formas estranhas e em momentos inesperados.
E todas as vezes que acontecia você fazia com que eu me sentisse mais bonita com seu olhar.
Sempre fui melhor amiga das palavras, não encontrei ainda a certa para te explicar o quanto você me faz bem, e como eu adoro isso.
Talvez eu nunca entenda essa ligação tão intensa e forte, só sei que espero que nossos caminhos nunca parem de se cruzar, porque isso é especial demais pra se perder.
Só queria agradecer por me fazer acreditar e por acreditar junto, quanto mais longe eu chegar mais de você eu vou lembrar.

19 de out. de 2012





É uma lição que aprendi melhor com Grey's Anatomy do que com a vida: nem sempre os finais são felizes. 

E o que vem depois? Outro dia, sempre. 
Como no seriado, às vezes aqueles 5% de chances de sobreviver dão certo. Às vezes, não.
Amanhã há outro dia para se engolir os traumas.
Como tudo parece sempre derradeiro, a gente quase se mata antes da hora achando que a vida está querendo mesmo é nos matar. E lá vai drama, vem drama, e assim por diante, em cada novo desespero, falha, espera, angústia ou medo. A gente se apavora toda hora, essa é a verdade.
Nem esperamos mais o sol de amanhã, mas ele vem de qualquer forma, mesmo que ninguém abra a janela. Eu já o mandei embora, já pedi para ficar, já implorei que chegasse mais cedo ou que nem chegasse.
  É que a gente não espera que a vida possa ser boa, terminar tudo bem ou, quando termina, trazer novos caminhos. 
Em certo ponto não se espera mais nada, e é compreensível. A gente já espera tanto, não acha? 
Paciência, amigo, paciência... 
Como já disse, Grey's Anatomy me ensinou que até mesmo a pior surpresa, o final mais trágico, tem um "quê" de novos tempos. 
 A vida brinca. De bambolê, pular corda, iô-iô, seja lá o que for. Ela quer mais é que a gente entre nesssa loucura e dê um jeito de sair rindo. Mesmo que o brinquedo quebre.
(E qualquer errado vira um final feliz.)

6 de out. de 2012



Gosto de estar com você.
Gosto de gargalhar com as besteiras inteligentes que você diz.
Gosto desse seu visual desgrenhado, como se tivesse medo de cortar os cabelos.
Gosto do seu jeito criança e doce, apesar de ser alto e ter uma certa cara de mau.
Gosto de conversar com você e pular de um assunto para outro sem concluir nada.
Gosto de falar sem parar e depois te perguntar se estou falando demais.
Gosto quando você some e depois aparece do nada, dizendo que foi abandonado.
Gosto de saber que gostamos de tantas coisas iguais e que temos a mesma opinião em diversos assuntos.
Gosto dos seus comentários emocionados quando fala de alguma coisa que gosta.
Gosto quando você demonstra seus sentimentos, do seu jeito.
Gosto da sua energia, da sua áurea leve, do seu jeito despretensioso de conquistar as pessoas.
Gosto da liberdade de estar com você.
Gosto, especialmente, de termos nos aproximado depois de tanto tempo que passamos só nos admirando.
Gosto do inesperado e isso é o que tenho quando se trata de você.
Gosto do seu sorriso pra mim, pois só eu entendo a cumplicidade implícita nele.
Gosto de falar de você em um tempo que não é passado, nem futuro, mas que está sempre presente nas minhas boas lembranças.
Gosto de você!
Não posso dizer que o amo, mas posso dizer que gosto da sensação que dá estar com você!



Aquilo que dá no coração e nos joga nessa sinuca
Que faz perder o ar e a razão e arrepia o pêlo da nuca.
Avassalador
Chega sem avisar!

- Lenine


Hoje eu quis fugir. Fugir das pessoas que eu conheço,de mim e até de ti.
Me deu vontade de sumir sem deixar um bilhete de adeus.
Sumir tempo suficiente pra me encontrar.
Apenas o vazio e eu. Apenas o silêncio e meus pensamentos.
Quis chorar até ficar submersa por minhas lágrimas, gritar até perder a voz e sair em busca de respostas que tem me tirado o sono.
Hoje eu quis acalmar meu coração.
Pois ele está inquieto e sangra mais a cada dia.
O vazio em meu peito exige uma resposta.
Quero virgulas, reticências mas nunca o ponto final.
                                                                  Não, eu não quero.


Eu tenho sim, minhas crises de abstinência, minhas paranoias meio absurdas, minhas noites mal dormidas, meus mau- humores repentinos. 
Tenho esse jeito meio anormal de ser, um pouco bipolar talvez, às vezes rio, às vezes choro. 
Me afogo no meu rio de lágrimas e engasgo nos meus risos descontrolados.
 Não gosto de exageros embora seja o exagero em pessoa. 
Sou um pouco dramática demais, simplesmente uma metade de coisas que não se completam e preciso, preciso mesmo de que alguém ou pelo menos alguma coisa, aceite isso.