17 de jan. de 2013





Depois de tantos tombos, pontapés, chutes e socos no estômago eu não esperava por mais ninguém abrindo a porta da frente do meu coração.
E entrando com a maior cara de pau como se fosse normal invadir o espaço do outro sem pedir licença.
Até que você chegou cheio de frases lindas e abraços quentes, como cafés no fim da tarde de um verão chuvoso.
Foi entrando e sentando no sofá da sala, empilhando seus livros na minha estante e bagunçando a trilha sonora da minha vida.
Entrou e foi roubando-me sorrisos e transformando tudo em um lindo jardim de margaridas. Porque eu adoro margaridas.
 Eu que por tanto tempo jurei não dar mais chance ao amor cá estou pedindo para que não vá embora.
Você fez brotar flores no outono, fez o inverno ficar quente e qualquer comédia boba ser merecedora do Oscar.
 Depois que te conheci toda música passou a parecer com a nossa história, todo dia começou a ser único, “eu e você” tornou-se “nós”.
Eu enfim entendi o que é ser singular no meio do plural.
Você entrou sem perguntar se a casa estava livre e foi ocupando cada canto com teu cheiro e contagiando os meus dias com essa sua mania de acreditar que tudo vai dar certo, e agora eu sei que vai.
Porque quando você entrelaça seus dedos nos meus eu me sinto mais forte.
Não sei se era a hora certa, não sei se existe hora certa, mas quando eu te vi arrebentar a porta e sorrir com essa cara de malandro apaixonado eu soube que queria dar uma nova chance ao amor.
 Dar uma chance a nós. Dar mais uma chance para mim.

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