7 de fev. de 2014


Jurei ao vento que por ti não voltaria a chorar, prometi ao sol que seria forte para te mandar embora todas às vezes que você voltasse, a cada nuvem eu disse que não cairia em teus encantos novamente, para as flores falei que jamais voltaria a acreditar em tuas falsas palavras e ao mundo gritei que não havia mais sentimento dentro do peito.
Mas eu e esse meu pobre coração sabíamos que esse amor ainda estava aqui, que ele era um dragão adormecido louco para despertar e eu caminhei nas pontas dos pés durante todo esse tempo por medo de sofrer mais uma vez, durante esses meses servi a todos regada de um sorriso imenso que nunca fez parte de mim, disse a eles o que queriam ouvir, mas não tiveram paciência para ouvir o que eu tinha para lhes dizer.
Mas hoje a armadura estava pesada demais, deixei-a de lado, sentei um pouco para olhar o mundo e você sentou-se também, de alma despida eu me entreguei sem motivo algum, joguei-me ao chão e cá estou perdida em um desejo imenso de te ter de novo.
 E lá se foram às juras, as promessas, os dizeres, as falas e os gritos...
 Eu secretamente quis tanto e você como eu tanto implorei voltou, mas foi apenas para fazer a saudades aumentar um pouco mais, somente para me lembrar do quanto sou fraca perto desse amor.
Já te vejo distante como antes, já te vejo em meio de outros olhares, sorrisos e abraços. Estou tão perdida essa noite, estou tão solitária aqui dentro. Sem armadura eu sou tão pequena, meu amor, sem armadura eu sou tão sua...
Não importa o quanto eu diga que já lhe esqueci, a verdade é que você sobrevive em cada célula minha, mas ninguém entenderia isso, nem mesmo você.
Hoje sou pó, amanhã me recomponho e volto a ser a atriz da minha vida e assim vou caminhando até você surpreendentemente voltar para destruir esse meu rosto feito e borrar mais uma vez todo meu quadro com essa sua mania de me fazer lembrar o que eu não esqueço nunca.


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