Intimidade, inclusive, não
depende de tempo. Você pode ser casado há 10 anos e não ser íntimo do outro.
Agora, quando a intimidade existe, ela não deixa dúvidas. Impossível
mascará-la. Ela chega assim, sem pedir permissão e te faz abrir a vida para
aquele estranho que conheceu há menos de duas horas – ele então, passa a saber
de coisas que nem aquele colega de anos imagina. Ela faz os lábios se fundirem em um só e faz com que eles dancem em movimentos
sincronizados, como o time que treinou há meses. Ela guia as mãos como se
possuíssem GPS para a felicidade, solta as palavras como se não existissem
tabus, libera o sorriso sincero que dispensa ensaios, torna a companhia mais
importante que o programa e vangloria a conversa independente do conteúdo.
Na vida, precisamos mesmo de semelhantes, de cúmplices, de íntimos.
Na vida, precisamos mesmo de semelhantes, de cúmplices, de íntimos.
Aqueles que te permitem jogar as máscaras, que gostam de
você mesmo quando se é autêntica no limite.
Aqueles que te fazem entender o
real significado se ser escutada, que te explicam na prática que um olhar vale
mais que mil palavras e que te lembram qual o verdadeiro sentido da palavra
aconchego.
Penetrar no seu ser, é exclusividade de poucos.
Sorte daqueles que encontram os seus íntimos nas tantas ruas da vida.
Sorte daqueles que encontram os seus íntimos nas tantas ruas da vida.